Escolas Solidárias

Programa que promove a cidadania ativa e solidária, assente na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas.

O que é?

Programa que promove a cidadania ativa e solidária, assente na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas.

Ferramenta agregadora dos projetos solidários da escola, rumo à melhoria de performances e impacto.

Mobiliza professores e alunos a contribuírem, de forma integrada e construtiva, para a melhoria de situações concretas das suas comunidades, tornando-se assim agentes de mudança positiva.

Promove a partilha das boas práticas e o trabalho em rede, amplificando e celebrando o contributo alcançado.

Escolas Solidárias apresenta-se como uma ferramenta de apoio à criação de planos de ação estruturados, fundamentados e, por isso, bem-sucedidos. Porque o mundo não muda com intervenções avulsas, passos descontinuados, o nosso programa estimula processos de trabalho com sustentabilidade, conducentes a resultados duradouros, de largo alcance. Neste procedimento importa, pois, conhecer o real impacto do que se faz.

Registar, calcular ou avaliar são etapas de um bom plano. É assim em tudo na vida, sendo que de modo inverso se esvaziam projetos…

Conhecer o impacto das intervenções é importante para as Equipas Solidárias conquistarem autoconfiança e motivação; garantirem boas parcerias e o reconhecimento dos seus pares; receberem maior notoriedade pública; construírem um projeto com futuro. E para as ajudar existe esta plataforma facilitadora de procedimentos.

Conhecendo o nosso impacto, vamos mais longe. 

 

Áreas de Intervenção

Em 2015, a ONU definiu 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, os quais urge alcançar para bem do mundo e da humanidade. Considerando a urgência de mudança, foi lançada uma agenda de ação que se estende até 2030. O desafio global está no terreno e pede atitude a todas as nações e comunidades, a cada um de nós. O programa Escolas Solidárias Fundação EDP surge como resposta ao repto da ONU, estabelecendo oito grandes áreas de intervenção. São oito eixos de ação abrangentes, estruturantes, que reconhecem a importância do gesto Aqui e Agora.

 

1. Pobreza e Fome

A luta contra a pobreza e a fome é um desafio que toca a todos!

A pobreza está diante dos nossos olhos, habita os bancos da escola, mora nas nossas ruas. Explícita ou envergonhada, envolve famílias inteiras, prejudica sobretudo crianças e seniores, conta-se em largos milhares de vidas que não têm como suprir as necessidades mais básicas. Em Portugal, cerca de 20% da população continua a viver em situação de pobreza, um quadro que mina o desenvolvimento e anula oportunidades. A ajuda alimentar torna-se absolutamente necessária. A fome, que tanto vive entre portas como bate à porta das escolas, compromete o futuro.

Até 2030, temos que “reduzir pelo menos para metade a proporção de homens, mulheres e crianças, de todas as idades, que vivem na pobreza, em todas as suas dimensões”. Também, “acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os mais pobres e pessoas em situações vulnerável, incluindo crianças, a uma alimentação de qualidade, nutritiva e suficiente durante todo o ano”.

Na nossa área, onde está quem precisa de nós? Como podemos contribuir para um balanço positivo em Portugal e, deste modo, no mundo?

 

2. Desemprego / Sustentabilidade Económica

A sustentabilidade económica é um conceito a realizar por todos, ativamente. Ter emprego é um caminho para a liberdade.

Há casos dramáticos que, à conta de serem tantos, nos são familiares. Quem não conhece alguém a passar por dificuldades económicas, em situação de desemprego, sem perspetivas de futuro? Quem não sabe de um pai, uma mãe, às vezes os dois na mesma casa, sem meios financeiros para sustentar a sua família? Em causa estão ciclos difíceis de romper, que colocam a pobreza, a exclusão, o abandono escolar e a desesperança onde deveria haver oportunidade, realização e uma boa dose de sonho.

Até 2030, queremos atingir “o emprego pleno e produtivo”, com “trabalho decente para todas as mulheres e homens, inclusive para os jovens e as pessoas com deficiência”. Queremos “políticas orientadas para o desenvolvimento que apoiem as atividades produtivas, a geração de emprego decente, o empreendedorismo, a criatividade e a inovação”.

Junto à nossa escola, atrás de que portas vive a precariedade? Como as abrir à mudança? O que podemos fazer?

 

3. Educação / Literacia

A educação é o motor de desenvolvimento. E aprender é um processo da vida inteira.

Diz a sabedoria popular que “educação é riqueza”. Infelizmente, em Portugal há ainda analfabetismo e iliteracia. A população sénior é a mais afetada, o que contribui para o seu isolamento, mas há outros grupos penalizados. Abandono escolar, pobreza, fluxos migratórios ou tradições étnicas são algumas causas de uma realidade preocupante. E ler não é interpretar. Entre os mais novos, o nosso índice de literacia está abaixo da média europeia. E a infoexclusão, transversal à sociedade, ainda é um facto.

Queremos garantir até 2030 “que todas as meninas e meninos completam o ensino primário e secundário, que deve ser de acesso livre, equitativo e de qualidade”. A partir daqui muitos desafios surgem para cumprir, tendo em vista uma sociedade com oportunidades para todos.

Como podemos participar na formação de uma sociedade instruída, com maior acesso ao conhecimento?

 

4. Saúde

Conhecer, sensibilizar, prevenir, reabilitar – é melhor que remediar. Hábitos saudáveis fortalecem o corpo e a mente.

Os comportamentos de risco continuam a ser uma preocupação em Portugal, um dos países da União Europeia com piores índices na área da SIDA – somos um dos Estados-membros com maior incidência desta doença na população geral e entre grupos de toxicodependentes. O alcoolismo ou o tabagismo são outras dependências que nos pedem atitude. Sedentarismo e maus hábitos alimentares atraem fortes ameaças: bulimia, anorexia, obesidade, depressão… Promover a sexualidade consciente e o planeamento familiar, patrocinar a saúde mental e o bem-estar global, conhecer os riscos e abraçar a vida saudável são objetivos de todos os dias.
Há também que sensibilizar para as consequências da poluição/contaminação de água, ar ou solo; contrariar outras atitudes que condicionam (ou destroem) a vida, como é o caso da sinistralidade rodoviária. Neste último campo, até 2020 temos que “reduzir para metade, a nível global, o número de mortos e feridos devido a acidentes rodoviários”.

À nossa volta… que riscos nos pedem ação? Como podemos contribuir para uma sociedade saudável?

 

5. População Sénior

O futuro de um país, de uma cultura, vê-se no modo como são tratados os mais velhos.

Negligenciar os nossos seniores é comprometer a nossa identidade, esquecer o nosso futuro. O seu enorme valor é desperdiçado por egoísmo, ignorância, falsos valores… O facto é que, de todos os grupos da sociedade, são eles os que se encontram numa situação de maior vulnerabilidade. Muitos estão votados ao abandono, em quadros de isolamento e solidão, sem redes de apoio e de afeto. Esperança de vida maior nem sempre é sinónimo de vida de qualidade. Temos que trabalhar para a criação de cidades e comunidades sustentáveis.

Onde e como estão os seniores da nossa comunidade? Estão a envelhecer ativamente? O que lhes falta para sorrirem?

 

6. Conviver com a diferença

Derrubar preconceitos, promover a equidade e valorizar a diferença.

Respeitar e integrar quem é “diferente” é perceber que, na diversidade, somos iguais. Isso significa apoiar quem tem necessidades especiais; quem pertence a minorias étnicas, religiosas ou culturais; pessoas estigmatizadas pela raça, o género ou a orientação sexual, entre outros fatores de “diferenciação”, que muitas vezes geram situações de conflito e violência.
Até 2030 há que “promover a inclusão social, económica e política de todos, independentemente da idade, género, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição económica ou outra”. E “acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas, em toda a parte”.

Sabemos entender as diferenças do nosso meio? Na escola há casos de bullying? Há quem, no seu silêncio, esteja a pedir ajuda?

 

7. Sustentabilidade Ambiental

Colhemos o que plantamos. A sustentabilidade não é uma opção, é o único caminho…

Há só uma Terra e a civilização continua a viver como se houvesse outro planeta azul à sua espera… A preservação do ambiente exige medidas globais, mas também a adoção de hábitos individuais sustentáveis.

Neste capítulo da Agenda temos vários desafios: “Água potável e saneamento”, “Segurança energética”, “Indústria, inovação e infraestruturas”, “Cidades e comunidades sustentáveis”, “Consumo Responsável”, “Combate às alterações climáticas”, “Proteção dos recursos marinhos” e “Proteção dos recursos terrestres”, entre outros indiretamente correlacionados.

No nosso meio, faz-se a separação de resíduos? Como cuidamos da escola, dos espaços públicos? O que plantamos e colhemos? Energias e práticas alternativas, o que é isto? Focos de poluição, como os combater? Somos consumidores responsáveis e combatemos o desperdício?

 

8. Parceria Global para o Desenvolvimento Humano

Noutras geografias, há quem precise de nós.

Há países onde falta quase tudo. Vamos então reposicionar Portugal no mapa universal: sim, somos privilegiados. Há quem não tenha água potável, alimentação e cuidados de saúde assegurados, acesso a educação, meios de sobrevivência. Nos países lusófonos, o índice de Desenvolvimento Humano é dos mais baixos do mundo.

Como podemos ajudar a colmatar as suas carências? Que pontes e parcerias vamos criar?

Rede Escolas Solidárias

A Rede Escolas Solidárias é formada por todos os que já adotaram o nosso programa. Por Portugal continental e ilhas, afirma um movimento coletivo que cria oportunidades de intercâmbio, promove parcerias e amplifica o alcance das intervenções realizadas. Alimentada por agentes empenhados em fazer a diferença, é também uma valiosa fonte de informação nas áreas do Desenvolvimento Humano e Sustentável, ou seja, dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
As escolas participantes em cada edição do programa ficam automaticamente inscritas nesta Rede, à qual são convidadas a associar-se as mais diversas instituições comprometidas com a solidariedade. Juntas – e sob o lema “partilhar, construir, saber e ensinar a agir” – redefinem, ano após ano, um mapa dinâmico em que cada referência é um exemplo de consciência social.

Em rede somos mais fortes!

Colégio Teresiano de Braga - Escolas Solidárias

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